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A psicóloga Andréa Helmeister participou da matéria da revista Capricho.

Será que é só o tédio ou pode ter mais coisa por trás das mudanças capilares que estão acontecendo no isolamento social?

Mudança de visual e autoestima

Ficar sem sair de casa impacta nos nossos hábitos e grande parte da nossa rotina precisa ser adaptada para esse momento. Entre as mudanças que estão acontecendo, a maneira como nos arrumamos, e consequentemente nos enxergamos, também pode ser alterada. Isso porque a tendência é que busquemos por um visual mais confortável e relaxado, que é ótimo, mas, por um longo período, pode começar a influenciar de alguma maneira na autoestima de determinadas pessoas. Além disso, toda essa situação potencializa o nosso olhar sobre nós mesmos, o que pode ser uma excelente alternativa para explorar o autoconhecimento, mas também pode gerar certas inseguranças. “O distanciamento social nos coloca em um grande espelho, a gente passa a se olhar o tempo todo, o que não acontecia antes nessa proporção“, explica Mônica.

Não dá para negar que nosso visual influencia em nossa autoestima, e a busca por renová-lo pode ser também uma procura por mudar o olhar sobre si mesmo. “É impressionante o poder que o cabelo tem na autoconfiança de qualquer pessoa. Às vezes, recebo clientes que pedem para mudar apenas dois dedos do comprimento, e só de fazermos isso, ela se olha no espelho e a expressão é de maravilhada, como se estivesse precisando disso. Para quem vê de fora, pode parecer uma coisa boba, mas aquilo a faz se sentir bonita, renovada, e impacta muito na autoestima dela”, explica João Bosco, hairstylist do salão 1838 e responsável pelos fios de várias celebridades.

Outro ponto que contribui para esse momento funcionar como um incentivo na busca por uma nova cor ou corte de cabelo, é o fato de que por estarmos em casa com a vida social parcialmente pausada, se algo não der certo, teremos tempo para “arrumar” antes de retomarmos a rotina normal.

É um período do tipo ‘não temos nada a perder’. Se eu cortar a minha franja e ela ficar torta, até o final da quarentena ela já estará okay. Esse sentimento abre espaço para experimentação e nos deixa mais propensos a arriscar, explica a psicóloga e terapeuta floral Andréa Campos Helmeister.