Esta pergunta ou variações da mesma surgem com frequência no universo da Psicologia. Para nós psicólogos esta reflexão já foi feita quando escolhemos a profissão e nos parece clara a função de nosso trabalho. No entanto, para quem não partilha deste universo esta dúvida pode surgir, a menos que a vida já tenha o obrigado a “trombar” com um profissional da psicologia.
Você tem dificuldade em se adaptar a novas situações?
O mundo está constantemente em movimento, mudar e adaptar-se é o grande desafio que permeia as nossas vidas, no entanto, há situações em que a frequência das mudanças ou a intensidade delas pode nos deixar com uma sensação de estar fora de prumo ou até mesmo de estranhamento, como se não reconhecêssemos a nós mesmos no meio do processo. É neste contexto que a psicoterapia pode ser um grande aliada.
Dizem que quem faz uma tatuagem depois não consegue mais parar de fazer. Esta afirmação sempre chamou a minha atenção, mas penso que o mesmo acontece com o processo terapêutico. Com as tatuagens vamos registrando e expressando externamente aquilo que somos ou queremos parecer.
Autoconhecimento e psicoterapia
Na psicoterapia vamos trabalhando quem somos e nos modificando para a cada dia estarmos mais próximo daquilo que de fato queremos ser. Assim como a tatuagem, nossas mudanças internas vão sendo expostas , percebidas no âmbito externo e vamos ficando cada vez mais parecidos com nossa real essência, sem a necessidade de tantas máscaras ou subterfúgios para dar conta do dia a dia.
Quando temos coragem para nos conhecermos internamente, incluindo aí nossos “pontos cegos” e obscuros, adquirimos maior noção de nossas capacidades e daquilo que ainda precisamos melhorar em nós mesmos.
E como percebemos essa mudança? Se alguém aponta uma falha que cometemos, fica muito mais fácil não se sentir atacado ou tentar esconder, pois sabemos que somos obra em processo.
Diante de um mundo cada vez mais carregado de informações, saber de fato aquilo que queremos para nós mesmos passa a ser um diferencial e nos auxilia a dar conta da existência. Para trilhar um caminho é preciso saber onde pretendo chegar e para saber onde quero chegar preciso saber o que quero.
Em todos estes questionamentos o autoconhecimento é o instrumento base para se chegar à tais respostas e o psicólogo auxilia nesse processo. Com um bom acompanhamento, a jornada pelo autoconhecimento, pode ser mais tranquila, pode ser mais profunda, mas sobretudo gratificante.
