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Semana passada compartilhei com vocês sobre a opção de escolha da mulher pela maternidade e nesta semana queria falar de outra questão que se ampliou muito para nós: a opção pelo casamento.

O casamento passou por grandes mudanças nestes últimos anos, até do ponto de vista do que é considerado um casamento, visto que os antigos parâmetros impunham situações como coabitar ou ter um papel assinado já não são mais considerados tão necessários para considerar alguém casado.

Aliás, o contrato formal tem ocupado um lugar cada vez mais burocrático, que visa unicamente facilitar o acesso ao convênio de saúde, à um visto de entrada em outro país, à um financiamento de bem material, ou seja, para ter acesso a um benefício do parceiro.

Felizes para sempre

Entre desejos de viver o projeto de “felizes para sempre”, mesmo que este “sempre” seja por um curto espaço de tempo e que “felizes” seja algo mais refletido nas fotos que na realidade do dia a dia, de fato, as escolhas são infinitamente maiores do que poderíamos imaginar há apenas uma geração atrás. Porém, com um maior número de possibilidades, também há um aumento na quantidade de desafios.

Estamos mais conscientes e temos mais informações do que as gerações anteriores, mas mesmo assim, muito de nossas escolhas ainda são feitas a partir de projeções nossas sobre os nossos parceiros. Daquilo que sonhamos ser o projeto a dois, muito será adaptado ou deixado de lado.

Casar é sobretudo dividir sonhos e projetos com alguém. Um alguém que também tem sonhos e projetos para realizar e que vê no outro, que neste caso é você, a possibilidade da caminhada conjunta.

Diante disso, as gerações mais jovens de mulheres têm evitado, ou pelo menos postergado, a decisão de se casar mesmo quando já estão vivendo numa união estável e que juridicamente esta união já possa ser considerada como um “tipo de casamento” com direitos e deveres.

Por que cada vez mais as pessoas postergam o casamento?

As vezes me pergunto o que está por trás deste comportamento. Se por um lado acredito que possa ser por uma maior clareza em relação as responsabilidades a serem assumidas, por outro, percebo uma falsa ideia de que se não há um compromisso juridicamente formalizado. Assim, seria mais simples voltar ao estado anterior de solteiros.

Por mais informadas que estejamos e, talvez, maiores sejam as possibilidades de rompimento, ainda assim, o desejo de se sentir conectado com uma pessoa de forma forte e intensa o suficiente para buscar o “felizes para sempre” continua sendo o grande anseio da grande maioria de nós mortais.

Ainda que se espere a total entrega ao parceiro, de forma a almejar uma conexão total com o ser amado, um salto de cabeça que em geral acontece de forma intensa e completa, cabe aclarar que este seja sempre muito consciente. Ou seja, mantenha os olhos abertos.