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No processo de busca pelo autoconhecimento, o processo terapêutico é um grande aliado. Este mergulho para dentro, quando acompanhado por um profissional da área, às vezes é pedregoso, arenoso, fluído. A trilha nem sempre muda, mas ao saber como lidar com seus obstáculos e surpresas vai deixando tudo mais fácil e manejável.

Ao longo do tempo, a confiança em relação ao profissional que nos atende vai ficando mais estreita, os assuntos mais profundos e já não há mais tanta preocupação com o que ele vai pensar sobre qualquer coisa que dissermos.

É neste espaço de segurança que vamos nos permitindo acessar nossos conteúdos privados com mais coragem.

Nesta caminhada da terapia, é comum compartilharmos observações feitas no espaço terapêutico como uma espécie de mote a ser adotado por todos a nossa volta.

Às vezes consideramos nossos psicoterapeutas como gurus sábios que deveriam ser seguidos pelos demais devido aos seus conhecimentos profundos. Esquecemos que, apesar da sensação de “euforia mística” que alcançamos quando descobrimos algo sobre nós mesmos, esse resultado foi encontrado por pessoas comuns: entre um cliente e um terapeuta.

A descoberta sobre nós mesmos

Neste fluir profundo e intenso, vamos nos descobrindo inteiros e seguros para vivenciar o autoconhecimento. Ainda que cada nova sessão seja recheada de novas vivências e desafios, vamos sentimos que as respostas estão mais ao nosso alcance. Mesmo diante de impasses nossa ansiedade já se apresenta mais dominável e o sono não se ressente.

Os alicerces são sólidos, ainda que aconteçam mudanças. E é neste momento que o fim se aproxima.

A decisão de ruptura, de término da terapia, normalmente parte daquele que buscou ajuda, ainda que com uma certa insegurança mas com a certeza de que o “arrependimento” será bem acolhido.

A sensação é de se lançar ao mundo sem rede de proteção, como o filho que deixa a casa dos pais e que seguirá por sua própria conta e risco.

Mas afinal, assim como no caso dos filhos, não era esse mesmo o objetivo inicial?