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Freud criou uma teoria fascinante e complexa. Quando pela primeira vez tive contato com a sua obra, foi como se estivesse tendo acesso a um novo idioma: num primeiro momento não entendia nada, depois entendia algo mas não conseguia reproduzir, depois fui arriscando e me comunicando melhor. Porém, como toda língua estrangeira nunca perdi o sotaque.

Entre os termos que ele desenvolveu, um que sempre me chamou a atenção são as pulsões de vida e de morte.

A pulsão de vida, para ele, seria esta força propulsora direcionada a tudo aquilo que dissesse respeito a vida, o interesse pela vida: a busca pelo aprendizado, a ser alguém melhor, a estar em contato com os demais. Enfim, tudo aquilo que nos direcionasse a uma maior conexão com o entorno.

Por outro lado, no sentido oposto, estaria a pulsão de morte, que de igual importância, nos impulsionaria para o fim, tanto para a morte propriamente dita, mas também para tudo aquilo referente a destruição. Afinal, para acessar o novo é necessário se livrar do velho. Simplificadamente seria o impulso em direção a destruição, ao fim, à desconexão.

Pulsões completárias e igualmente necessárias, em que oscilaríamos entre uma e outra dependendo do momento de vida ou da ocasião.

Tomando estes conceitos como pano de fundo, poderíamos pensar que estas alternâncias sejam de fato a base de nossa existência num processo de constante renovação.

Ainda que queiramos estar sempre bem e vivenciando experiências positivas temos que acatar que aquilo que nos traz sofrimento também tem o seu propósito na nossa existência.

Aceitar aquilo que nos traz sofrimento pode ser o primeiro passo para romper com ele mesmo e quem sabe até usar este sentimento como degrau para a próxima etapa.

Se a teoria psicanalítica pode ser considerada como a solução de todos nossos problemas? A resposta seria definitivamente não. Mas que este Sr. Freud mudou as nossas vidas para sempre, de fato isto não podemos contestar!